
Garganta
de Togo
Esse
é um lugar único em Niue
e que vai fazer com que o aventureiro turista se sinta
dentro de um filme do Indiana Jones. O grande lance de Togo
é o visual do terreno e a surpresa que se tem no final da
trilha, que é
totalmente diferente das outras trilhas de Niue. Podemos
dividir a trilha de Togo em duas partes distintas,
uma metade que vai por dentro de uma floresta muito bonita
e a segunda parte que vai por dentro de pequenos
desfiladeiros e gargantas de corais. A garganta de Togo
fica localizada no Sudeste de Niue, com quase todo o
acesso em asfalto e uma pequena parte em estrada de terra
(corais). A placa que marca o início da trilha fica a
beira da estrada, mas por estar escondida dentro do mato,
passamos direto na primeira vez que fomos lá. Só não
confunda Togo com Vaikona,
pois são duas trilhas diferentes, não muito longe uma da
outra, senão você vai se arrepender para o resto da vida
de entrar em Vaikona sem estar preparado (se
conseguir voltar de lá).
Do
estacionamento
não tem erro, e basta seguir a trilha de Togo por dentro
de uma floresta densa porém sem teias de aranha, já que
Togo é uma das mais famosas trilhas de Niue e visitada quase que diariamente por turistas. A caminhada na mata leva cerca de 30 minutos
até entrar no terraço de corais, sendo que é bastante
fácil e plana apesar de longa. Desde o estacionamento
até até a praia no meio da garganta dá para ir de
chinelos sem problema, apesar de que um calçado fechado seria
melhor, por causa de umas rampas inclinadas. Também não
adianta levar material de
mergulho, o importante é trazer água, protetor solar,
chapéu e a camera fotográfica.
A
primeira coisa que você verá
ao sair da floresta, será um mar de corais em terra,
constituído por milhões de pilares de corais gigantes, como se
fosse um paliteiro apontado para o céu (foto). Essas
pontas foram esculpidas pela chuva e vento por
milhares de anos, e o resultado é uma paisagem única no
mundo. São ultra afiados e apesar de de longe (e na foto)
parecerem pequenos, cada qual tem na realidade entre 5 e 8
metros de altura, com um ou outro alcançando até o dobro
disso. É difícil dizer se chegamos no inferno
ou estamos em outro planeta, porque a paisagem realmente
impressiona, e é muito diferente de todas as outras que
vimos, seja em Niue, ou em qualquer outro lugar do mundo.
O
governo fez um ótimo
trabalho ao cimentar a trilha por entre os pilares de
corais. Se não fosse isso, chegar até o final seria um
pesadelo. Do topo da colina a trilha desce
abruptamente pela parede de corais, e com a ajuda de uns
pequenos postes com corrente (foto), não há maiores
problemas para se segurar. A inclinação é grande, mas não é problema, a não
ser para pessoas com problemas de locomoção ou joelhos
fracos. Quando chega-se em baixo, entra-se dentro do
agulheiro de pilares de corais. A visão que se tem lá de
dentro é estarrecedora, com as colunas subindo ao
céu como facas
gigantes, porém a trilha por dentro pilares é num suave
declive e bastante fácil de caminhar. Todo o panorama ao redor
é absolutamente Impressionante.
Quando
o paliteiro de corais
acaba, é possível pela primeira vez vislumbrar o mar
logo abaixo. Ainda faltam uns 20 metros até o nível do
mar, quando de
repente a trilha faz uma curva bem fechada de quase 180º
bem na frente de um abismo, onde o mar lá em baixo quebra
violentamente numa parede de pedra vertical (foto grande
no topo da página). Nesse ponto entra-se novamente no
paliteiro de corais, e de repente surge na frente a
Garganta de Togo. A garganta é constituída de dois
paredões paralelos com cerca de 3 metros de largura entre
as paredes. No fundo da garganta, existe uma areal onde
coqueiros crescem literalmente na areia escaldante e entre
as paredes da garganta, como se fosse um oásis no meio do
deserto. A altura de onde estamos para o areal é de cerca
de 20 metros, e a única maneira de chegar lá em baixo é
descendo por uma escada gigante de troncos, com nada menos
do que 32 degraus. Ao chegar no areal, o tremido turista
verá além dos coqueiro e dos paredões ao redor, uma
abertura na pedra que se abre para uma pequena caverna, onde
dentro o mar arrebenta com força colossal. Com mar
calmo, é possível ir até a boca da caverna, onde um
pequeno arco natural no mar, recebe as primeiras ondas para depois a água escorrer em cascatas por
suas laterais. Depois é subir tudo de volta, o que leva cerca de 1 hora
até chegar no estacionamento do carro.
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Quando
a floresta acaba, a primeira visão do mar. |
A
trilha para baixo vai em direção a um paliteiro de
corais. |
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Sorte
que o governo colocou um cimentado para facilitar o
caminho no coral. |
Agulhas
de corais sobem mais de 10 metros e são ponteagudas
e afiadas.
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De
vez em quando tem-se que dar uma trégua para os
joelhos.
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Na
beira da colina avista-se um arco de pedra. |
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Dentro
do paliteiro de corais que chegam a 8 metros de
altura, a trilha é boa e a visão ao redor é impressionante.
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32
degraus para baixo e finalmente chegamos dentro da
garganta de Togo. Os coqueiros crescem no
meio de um areal.
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