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Garganta de Vaikona

Fizemos um grande erro quando decidimos ir visitar  a Garganta de Vaikona. O problema é que fomos depois do meio dia, lá pelas duas e meia da tarde, e não tínhamos a menor idéia do que vinha pela frente. Tão pouco estávamos preparados para uma trilha tão longa e difícil. Para resumir a história, escureceu antes da gente chegar lá, e até hoje não sabemos como conseguimos voltar. Aliás, sabemos sim. Se não fosse o flash da camera fotográfica nos principais entroncamentos da trilha, teríamos que passar a noite lá. Decididamente essa trilha é só para aventureiros de carteira e a pessoa precisa estar em muito boa forma física. O início da trilha de Vaikona, fica no Sudeste da Ilha de Niue, alguns quilômetros depois de passar a trilha para Togo em meio a um coqueiral. Existe uma placa na beira da estrada que indica o início da trilha. Vaikona é para Indiana Jones nenhum botar defeito, e se eu fosse eles, o próximo filme eu rodava lá. 

Tudo começa no estacionamento tendo certeza de que não parou o carro debaixo da linha de queda dos cocos (foto grande no topo da página). Tenha certeza de que está levando água suficiente, algum alimento energético, e se possível um kit de primeiros socorros, com gaze, esparadrapo, anti-séptico e comprimidos contra dor. O caso é que se algo acontecer lá, o socorro vai demorar muitas horas, e de acordo com a hora do acidente, só no dia seguinte (nota: a polícia e o turismo da ilha desaconselham, mas não impedem pessoas de visitar Vaikona sem um guia local). Voltando ao assunto, leve também um par de bengalas de madeira, pois elas vão ser tão importante quanto uma lanterna a prova d'água. Se decidir visitar for por conta própria, deixe alguém sabendo que você foi para lá (a polícia por exemplo).

A primeira parte da trilha é fácil, e relativamente plana, numa das mais bonitas florestas em Niue. A quantidade de plantas e coisas que chamam a atenção é enorme,  tais como cogumelos multicoloridos, flores de várias espécies (foto), e árvores muito grandes que resistiram ao Ciclone Heta. Na medida que se avança pela trilha, os corais vão aparecendo no chão, ainda dentro da floresta, e quanto mais se avança, maiores e em mais quantidade eles aparecem. Chega-se então a um ponto que todo o piso é puro coral, andando-se literalmente por uma superfície ultra irregular e altamente devoradora de tenis. A trilha para Talava, chega a parecer brincadeira de criança perto da trilha de Vaikona. Pilares e formações de coral estão por toda a parte no piso e cobertos com folhagem e cipós. Muitas vezes temos que escalar uma pequena parte do coral, e em outras, passa-se pelo meio dentro de uma garganta apertada e com vários níveis diferentes que obrigam a descer de quatro ou de bunda. Até aí nada de mais, até quando chega-se no vale de coral. 

O Vale de Coral é uma depressão profunda nos corais, como se um meteoro tivesse caído ali e tivesse feito um buraco enorme no chão. Para descer, tem que ser de frente para a pedra, se agarrando firmemente nos corais com as mãos, e escolhendo os melhores lugares para apoiar os pés. São cerca de 10 metros de descida íngreme até o fundo, que é escuro, e totalmente coberto com plantas e árvores. Uma seta aponta a direção a seguir, e praticamente não há uma trilha clara no chão. Pensamos que tivéssemos que subir o outro lado do buraco para sair dele, mas outra seta apontava claramente para um túnel escuro mais adiante. Entramos no túnel agachados, pois as raízes das árvores que furam o teto do túnel e estão cheias de teias de aranha. O túnel natural de corais é curto e saímos do outro lado ainda dentro da floresta. Foi nesse ponto que nos demos conta que já eram 5 da tarde, e pelo tempo que demorou para chegar alí, se voltássemos para o carro imediatamente, não daria para chegar com luz. Calculei que ainda faltava um terço da trilha para chegar em Vaikona, e assim, resolvemos voltar caminhando o mais rápido possível sem afetar nossa segurança, ou cair em cima do coral. Nos trechos mais planos chegamos a correr um pouco na trilha até que só ficou possível ver as sombras das árvores. Na trilha existem duas bifurcações, e disparamos a camera, para que com a luz do flash, pudéssemos identificar o caminho (foto). Chegamos no estacionamento às 6:45 da tarde, e a única luz era uma luz pálida no horizonte, que foi o que sobrou do pôr-do-Sol.

Pelo que soubemos depois por pessoas que estiveram lá, realmente tínhamos passado de 2/3 da trilha, e depois, sairíamos da floresta para um vale só de corais com arbustos baixos onde no final chega-se no início da Garganta de Vaikona. A pessoa tem que descer numa caverna inclinada em ângulo de 60º até chegar no fundo onde existe um poço de água doce. Entra-se nesse poço e vai-se até a parede oposta, onde é possível ver luz no fundo. Prende-se a respiração e mergulha-se dentro de um pequeno túnel que dá acesso a duas paredes inclinadas, uma muito próxima da outra. Essa é a Garganta de Vaikona. Ficamos de voltar para completar a trilha mas acabou que não sobrou tempo para isso. Numa próxima oportunidade.

A trilha passa a ser por sobre corais ultra cortantes, e um par de bengalas de madeira é fundamental para manter o equilibrio.

Pilares de coral cobertos com cipós, fazem a floresta parecer um filme de Indiana Jones, e o avanço é lento, passo a passo. E bastante escuro dentro da floresta que é fechada e não deixa muita luz entrar.
Na trilha, algumas árvores derrubadas pelo ciclone tem que ser transpostas por cima ou por baixo. Enormes plantas de até 2 metros de altura estão por toda a parte, principalmente no início da trilha.
Cogumelos multicoloridos enfeitam a floresta. A umidade é bastante intensa, apesar do calor não ser abafado.

 

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